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Qual Valor Do Juros Do Consorcio Magazine Luiza?

O Consórcio Magazine Luiza é uma alternativa cada vez mais popular entre os brasileiros que buscam realizar a compra de bens como eletrodomésticos, móveis, carros ou imóveis, de maneira planejada e sem os altos custos de um financiamento tradicional. Uma das principais vantagens do consórcio é justamente a ausência de juros em relação ao valor do bem adquirido, o que o torna uma opção interessante para quem deseja evitar as taxas altas aplicadas em financiamentos convencionais.

Porém, ainda que o consórcio não cobre juros de forma tradicional, existem outras taxas que impactam no valor das parcelas, como a taxa de administração e o fundo de reserva, que merecem atenção ao se calcular o custo total da operação. Neste artigo, vamos esclarecer como funciona o modelo de juros no Consórcio Magazine Luiza, como as taxas envolvidas afetam as parcelas e o que você deve saber para entender o real custo de aderir a esse tipo de consórcio.

O Que é o Consórcio Magazine Luiza?

O Consórcio Magazine Luiza funciona como uma espécie de financiamento coletivo, onde um grupo de pessoas se reúne com o objetivo de adquirir bens por meio de parcelas mensais. Ao longo do contrato, os consorciados vão pagando as parcelas, e, periodicamente, são realizados sorteios ou assembleias para definir quem será contemplado com a carta de crédito, que é o valor necessário para a compra do bem escolhido.

A principal característica do consórcio é que, ao contrário dos financiamentos tradicionais, ele não cobra juros sobre o valor da carta de crédito. Ou seja, se o consorciado optar por um consórcio de R$ 20.000,00, ele pagará esse valor integralmente, sem a cobrança de juros compostos, que são comuns em financiamentos bancários.

O Consórcio Magazine Luiza e a Ausência de Juros

Diferente dos empréstimos tradicionais, que envolvem juros compostos, o Consórcio Magazine Luiza não inclui essa cobrança. No financiamento tradicional, os juros incidem sobre o saldo devedor, ou seja, você paga mais do que o valor do bem em razão dos juros. No consórcio, como não há a cobrança de juros, o consorciado paga apenas o valor da carta de crédito (que é o valor do bem desejado) e as taxas administrativas.

Isso significa que, ao participar de um consórcio, o valor pago mensalmente se refere à taxa de administração e à diluição do valor da carta de crédito ao longo do prazo do contrato, que pode variar entre 12 e 80 meses, dependendo do valor e do bem escolhido.

O Que São as Taxas Administrativas?

Embora o Consórcio Magazine Luiza não cobre juros, ele cobra uma taxa administrativa. Essa taxa é a remuneração que a administradora do consórcio (no caso, a Magazine Luiza) recebe pelos serviços prestados, que incluem a gestão do grupo de consórcio, organização das assembleias, a avaliação de propostas e o pagamento da carta de crédito ao consorciado contemplado.

A taxa administrativa do Consórcio Magazine Luiza pode variar, mas geralmente gira em torno de 15% a 20% do valor da carta de crédito, dependendo do tipo de consórcio e do bem escolhido. Esse valor não é cobrado como uma taxa de juros, mas sim como uma taxa fixa, que pode ser diluída nas parcelas mensais.

Como Funciona a Taxa Administrativa no Consórcio Magazine Luiza?

A taxa administrativa é uma porcentagem do valor total da carta de crédito. Por exemplo, se a carta de crédito for de R$ 20.000,00 e a taxa administrativa for de 18%, o valor total que o consorciado pagará ao longo do contrato será de R$ 20.000,00 mais 18% de R$ 20.000,00, ou seja, R$ 3.600,00.

Portanto, o custo total do consórcio será de R$ 20.000,00 (valor do bem) + R$ 3.600,00 (taxa administrativa) = R$ 23.600,00. Esse valor será diluído ao longo das parcelas mensais, que variam de acordo com o prazo do consórcio.

Exemplo de cálculo com taxa administrativa

Imaginemos um consórcio para a compra de um carro de R$ 30.000,00 com prazo de 48 meses e uma taxa administrativa de 18%.

  • Valor da carta de crédito: R$ 30.000,00
  • Taxa administrativa: 18% de R$ 30.000,00 = R$ 5.400,00
  • Valor total a ser pago: R$ 30.000,00 + R$ 5.400,00 = R$ 35.400,00
  • Parcelas mensais: R$ 35.400,00 ÷ 48 meses = R$ 737,50 por mês

Esse valor de R$ 737,50 é o valor da parcela mensal do consórcio, que inclui tanto o valor da carta de crédito quanto a taxa administrativa.

Taxa de Administração x Juros: Qual a Diferença?

Uma dúvida comum entre os consumidores é como a taxa administrativa se compara aos juros cobrados em um financiamento tradicional. Para esclarecer essa questão, vamos analisar as diferenças principais entre essas duas cobranças.

  1. Juros em Financiamentos: Quando você financia um bem, os juros são cobrados sobre o valor do bem financiado. Esse valor vai aumentando ao longo do tempo, uma vez que os juros incidem sobre o saldo devedor. Por exemplo, em um financiamento de R$ 20.000,00, com juros de 2% ao mês, você acabará pagando mais de R$ 30.000,00 ao longo do contrato, dependendo do prazo.
  2. Taxa Administrativa em Consórcios: No consórcio, a taxa administrativa é uma cobrança única, fixada no início do contrato. Embora ela aumente o valor total a ser pago, ela não é composta como os juros. Ou seja, você paga a taxa administrativa de uma vez e depois paga o restante das parcelas, sem o acúmulo de novos custos ao longo do tempo.

Isso faz com que o consórcio seja uma opção mais econômica para quem pode esperar pelo bem e não deseja pagar juros elevados. No entanto, é importante observar que a taxa administrativa pode tornar o consórcio mais caro do que outras formas de financiamento se o prazo de pagamento for muito longo.

A Taxa de Administração Impacta o Valor das Parcelas?

Sim, a taxa administrativa afeta diretamente o valor das parcelas mensais. Como vimos nos exemplos anteriores, o valor da parcela será calculado com base no valor da carta de crédito e na taxa administrativa. Quanto maior a taxa administrativa e o valor da carta de crédito, maior será o valor da parcela mensal.

Além disso, o prazo do consórcio também impacta as parcelas. Quanto maior o prazo, menor será o valor da parcela mensal, mas o custo total será maior, pois o consorciado pagará mais em taxas administrativas ao longo do tempo.

Vale a Pena Optar pelo Consórcio Magazine Luiza?

A opção pelo consórcio depende do perfil financeiro do consumidor. Para quem não tem pressa em obter o bem desejado e deseja evitar os altos juros dos financiamentos tradicionais, o consórcio pode ser uma boa alternativa, já que ele permite parcelar o valor do bem sem juros, com parcelas fixas e previsíveis.

Porém, é essencial calcular o custo total do consórcio, incluindo a taxa administrativa, e comparar com as opções de financiamento. Além disso, o consorciado precisa estar preparado para esperar pela contemplação, que pode ocorrer de maneira aleatória, através de sorteios ou lances.

Conclusão

O Consórcio Magazine Luiza não cobra juros sobre o valor da carta de crédito, o que torna a opção atraente para quem busca uma maneira mais econômica de adquirir bens. Porém, o consórcio envolve o pagamento de taxas administrativas, que impactam diretamente o valor das parcelas mensais. Essas taxas podem variar entre 15% e 20% do valor da carta de crédito e são diluídas ao longo do prazo de pagamento, tornando as parcelas mais altas, mas previsíveis.

Antes de optar pelo consórcio, é importante realizar uma simulação detalhada para avaliar o valor total a ser pago e comparar com outras alternativas de financiamento. Com um bom planejamento financeiro, o consórcio pode ser uma excelente maneira de realizar a compra de bens de alto valor sem os altos custos de juros.